terça-feira, 5 de julho de 2011

Morfo- Força, Resistência e Flexibilidade

Treino de força como treino de saúde
Além do significado que o treinamento de força tem para se alcançar o melhor desempenho pessoal no esporte competitivo,também para a pessoa que pratica esporte por motivos de saúde,um treinamento de força regular,com ou sem cargas adicionais,não deve ser menosprezado.
Se pensarmos no fato de que 70% dos acidentes com idosos são devidos a uma capacidade diminuida para andar,correr e saltar,ligado a uma capacidade de coordenação piorada,então fica evidente que um treinamento de força junto com um treinamento de mobilidade suficiente(flexibilidade).ativa o fortalecimento dos principais grupos musculares,especialmente a musculatura abdominal e dorsal.Evitando o aparecimento precoce de desvios de postura.
Através de um treinamento de força,de acordo com a idade do atleta,evita os processos degenerativos da coluna vertebral,por exemplo as degenerações dos discos vertebrais lombares,as pessoas que treinam regularmente mostram uma menor morbidez em relação às síndromes da "dor lombar" e da "degeneração dos dicos vertebrais lombares" do que as pessoas que não treinadas.
Um treinamento de força objetivo também está em condições de compensar funcionalmente,em parte,alterações artróticas,de modo que se pode objetivar um verdadeiro efeito terapêutico(Bringmann 1984,99).
Segundo Hollmann/Hettinger (1980,270),um treinamento de força adia a degeneração artróica nas grandes articulações.Finalmente,um treinamento de força reduz ou adia a osteoporose que surge com o aumento da idade.A perda de sais minerais nos ossos é de cerca de 0,4% por ano nos homens não treinados a partir dos 50 anos;nas mulheres não treinadas é de 0,75-1%,já a partir dos 30-35 anos.Essa taxa aumenta para cerca de 2-3% nas mulheres durante e depois da menopausa,de modo que uma mulher com 70 anos já perdeu cerca de 30%de sua massa óssea que contém minerais.De acordo com Smith(1982,72 f),um minimo de exercícios geral,ja aumenta o teor de minerais dos ossos-isto ainda é valido para pessoas com mais de 90anos,evitando assim a osteoporose.Essa medida resulta numa maior estabilidade óssea e,com isto,num menor risco de fratura nos acidentes do dia-a-dia.
A importância da flexibilidade para a saúde
Quando pensamos no trabalho com indivíduos sedentários, que normalmente procuram a atividade física por estética, recomendação médica ou melhora da qualidade de vida, não podemos esquecer que essas pessoas estão em “nossas mãos” para melhorar seu bem-estar. Portanto, é de extrema importância como
orientá-las para que os seus objetivos sejam alcançados.
A flexibilidade, de acordo com vários autores, apresenta inúmeros benefícios no aspecto “saúde” e quando se inicia um treinamento desta capacidade física, os benefícios são ilimitados (Alter, 1988; Corbin, 1984; Fox, Fox & Kirby, 1987).
Um exemplo é a referência do uso dos “exercícios de alongamento” com eficiência no tratamento da dor lombossacra (lombalgia), tensão e dores musculares (Billing e Loewendahl, 1949).
O exercício orientado para saúde do movimento não deve ter como objetivo alcançar grandes amplitudes, mas sim a manutenção funcional do movimento e da estrutura músculo-articular.
Postura e Lombalgia
A relação da Flexibilidade e a boa postura é teórica e clínica. O desequilíbrio muscular entre o fortalecimento e a falta de alongamento em alguns grupamentos musculares pode contribuir para uma má postura.
A falta de flexibilidade normal pode ser responsável pela má postura, compressão de nervos periféricos, dismenorréia e outras doenças. A lombalgia (dor lombar) é uma das mais freqüentes aflições da nossa sociedade moderna.
Em pesquisas realizadas em 1974, as companhias de seguro relataram mais queixas de incapacidade por problemas lombares que qualquer outra causa, confirmando que 80% das dores lombares são devido à deficiência muscular, onde a limitação da Flexibilidade do quadril e coluna lombar pode predispor o indivíduo a esse quadro de lombalgia.
O que torna a lombalgia tão comum, é que as atividades normais da vida diária não alongam os músculos posteriores. Logo, estes grupamentos musculares freqüentemente encurtam-se e perdem a extensibilidade, diminuindo conseqüentemente a amplitude de movimento para a flexão do quadril.
As dificuldades de movimentos que envolvem as regiões do tronco e quadril, devido os menores índices de Flexibilidade nessas regiões, tem demonstrado elevada associação com o aparecimento de desvios posturais.
Resistência
As experiências obtidas principalmente no JAPÃO,E.U.A E FINLÂNDIA,mostram que a saúde da população pode ser melhorada através de um programa de prevenção abrangente contra doenças cárdio-circulatórias degenerativas.
Do ponto de vista da biologia do esporte,as medidas preventivas devem ser apresentadas principalmente sob o aspecto da eficiência do treinamento corporal ou esportivo,sem que com isto as outras possibilidades preventivas-como por exemplo,dieta,psicoterapia,tratamento medicamentoso ou físico,entre outros.
O treinamento de saúde,na forma de um treinamento de resistência,está no centro das medidas preventivas,no que se refere à terapêutica motora.
Normalmente,o risco de sofrer um infarte cardiaco é o dobro numa pessoas não treinadas em relação as pessoas treinadas.Depois dos 40 anos,este risco aumenta muito para pessoas não treinadas.
Para pessoas treinadas,no entanto,este risco permanece constantemente baixo a partir dos 40 anos.(Halhuber,1981)
Para a prevenção de doenças cárdio-circulatórias ou decorrentes de falta de movimentação,um treinamento de resistência aeróbica,por exemplo o jogging,mostrou-se ideal,uma vez que melhora,de forma objetiva e abrangente,a capacidade de desempenho cárdio-pulmonar,ou corporal geral,influenciando favoravelmente uma série de fatores de riscos primordiais.

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